RESTAURADOS - JOÃO 21:1-14

 

Resenha do Culto da noite de Domingo
20/04/2025

" Restaurados "

João 21:1-14

Você já teve a experiência de ofender alguém e depois ter que se encontrar com essa pessoa?
Fico pensando na reação da pessoa.
Imagine vocês,  aqueles discípulos com essa mesma sensação!
Jesus ressuscita e começa a aparecer aos poucos.
Nessa cena da aparição, quem está ali?
Tomé!
Tomé é aquele que duvidou.
Quem mais?
Pedro!
Imagina Pedro, com seu coração aflito, pelo fato de ter negado Jesus, embora  tenha sido restaurado, isso o acompanhou pela vida.
Quando magoamos as pessoas, por mais que sejamos perdoados, algumas ofensas, nos acompanham pela nossa vida.
Agora, eles encontram, com Cristo Ressurreto.
Frustrados, quem sabe, eles foram viver suas vidas, normalmente.
Eles foram pescar.
A gente percebe o senso de frustração no coração daqueles discípulos, a julgar pelos discípulos que estavam no caminho de Emaús, decepcionados. Arrasados.
Aqueles discípulos de Emaús, esperavam que esse Jesus, fosse a salvação do mundo.
Agora, esses discípulos voltaram a pescar.
Imagine o estado emocional desses homens!
Talvez, carregando a culpa de que no momento em que Jesus mais precisava deles, eles fugiram. Deixaram o Cristo sozinho.
Eles estão frustrados, pesarosos com essa emoção.
E foram pescar. Eram profissionais, só que naquela noite, nada de peixes.
Isso aumenta a sensação de derrota.
O texto, dirige nossa atenção, para o fato da presença de Jesus. Ele já estava lá na praia, cedinho.
Em momentos que nada dá certo, é bom saber que Jesus está por perto.
Pense em todos os momentos, em que Jesus se fez presente!
Nós, muitas vezes, a despeito da presença de Jesus, não O notamos. Nós não O percebemos.
Jesus estava na praia, todavia, os discípulos não perceberam que era Ele.
Assim como os discípulos, nós, às vezes, somos incapazes de enxergar Jesus do nosso lado.
A presença de Jesus, não depende da nossa percepção.
É por conta da presença de Jesus, que muitas vezes, nós não naufragamos.
Jesus estava no barco, afligido pela tempestade.
Mesmo Jesus dormindo no barco, já é suficiente para o barco não afundar.
E Jesus estava na praia, observando os Seus discípulos.
Depois de Ressurreto, Ele faz questão de vir acender a chama, restaurar aqueles discípulos.
A restauração acontece, por conta da ressurreição.
Jesus atento a cada movimento, Jesus cuida desses discípulos.
Agora, quando eles retornam, encontram um Cristo amoroso, que cuida dos detalhes.

João 21:6
Jesus cuidou deles. Em Sua ordem, existe provisão.
Percebemos que agora, o Cristo Ressurreto continua a  provisionar Seus filhos. Existe uma provisão diante da Sua ordem.
Obedeça a Cristo.
Imagine, pescadores profissionais, pescando a noite inteira! Quantos obedeceriam?
Às vezes, como discípulos, é difícil obedecer. Mas  precisamos entender que é o melhor, para nossa sobrevivência.
Diante dessa cena da provisão, eles obedecem.
Quando eles retornam, Jesus está ali, com a refeição pronta para eles.
Deus está cuidando deles.
Não era dos peixes deles, que Jesus precisava.
No verso 9, quando eles chegam, Jesus já está com tudo preparado.

João 21:12
E agora meus irmãos, eles são convidados. Depois de tanta frustração,  de estarem com seus corações aflitos, são convidados a vir, comer. Depois de uma noite inteira de trabalho.
Às vezes, nós precisamos dessa pausa.
Percebemos que em Seu ministério, Jesus gastou tempo com Seus discípulos.
Boa parte desse tempo, foi à mesa. Dentro dessa comunhão, E quem sabe, dentro dessa comunhão, Ele começa a dilatar o coração desses discípulos.
Em que momento, que os discípulos de Emaús tiveram seus olhos abertos?
Quando estavam à mesa, partindo o pão.
Precisamos dessas pausas, para desacelerar um pouco.
Precisamos de tempo para comunhão.
As nossas famílias estão perdendo tempo de mesa, tempo de oração, tempo de leitura.
Precisamos restaurar essa comunhão.
Agora , o Cristo Ressurreto convida esses discípulos para se aproximarem, para comer com Ele.
Jesus, o Pão da vida quer nos saciar. Quer, saciar nossa alma, nos trazer para essa pausa de comunhão, de silêncio.
Naquele momento, através da frustração daqueles discípulos, Jesus chamou eles.
" Vinde comer. " É o convite.
Aquele momento nunca saiu da mente de João.
Que momento valioso!
Aqueles homens indignos, começam a ser restaurados.
Imagine você tomando o café da manhã, preparado pelo Próprio Jesus!
Tudo que a gente precisa é do cuidado de Cristo.
Nessa mesa, tem espaço para os pecadores. E não há ninguém que esteja tão longe, que não possa ser  aceito, nessa mesa da comunhão com Cristo.
Não há pecado nenhum, que te exclua do convite de Jesus:
" Venham."
Jesus agora, vai ao encontro desses discípulos frustrados. É Deus que vai ao nosso encontro.
Agora, Jesus começa a cuidar deles. Jesus preparou aquele momento, para tratar cada um deles.
Só é possível restauração, na presença de Jesus.
A gente percebe que agora, Jesus quer restaurar em especial, Pedro.

João 21:15
Agora, Cristo direciona Seu olhar para Pedro.
Pedro, que disse que iria com Jesus até para a morte.
Pedro é esse homem rude, que fala sem pensar.
É esse Pedro, que nega Jesus três vezes. Mas agora, seria restaurado.
Se teve esperança para Pedro, há esperança para nós.
Aquele homem medroso, covarde, agora é ousado. Restaurado, ele começa a falar daquilo que ele viu e ouviu. Restaurado, ele está agora, com Jesus.
Jesus se dirige a Pedro, por três vezes. ELE começa perguntando:
" Você me ama?"
E Pedro diz:
" Sim "
Pedro responde, sem pensar nessa pergunta.
Imagine, Jesus fazendo essa pergunta para você!
" Tu me amas?"
Jesus espera que nosso amor por Ele, seja demonstrado em ação.
Pedro está diante do próprio Deus, que conhece o seu coração.
Nós não podemos ter um amor infrutífero.
Nosso amor deve nos mover, em direção ao outro.
A ressurreição muda tudo. Agora, aqueles discípulos que foram restaurados e amados por Jesus, devem levar esse amor adiante. Eles devem  restaurar outros.
"Pedro tu me amas?"
Segunda vez que Jesus pergunta a Pedro.
" Sim Senhor, eu te amo."
"Cuida das minhas ovelhas."
Terceira vez que Jesus pergunta a Pedro:
"Pedro tu me amas?"
Diante da terceira pergunta,  agora sim, Pedro olhou para dentro de si mesmo.
Teve um encontro com si mesmo. Se entristeceu. Talvez tenha se sentido constrangido.

João 21:17
Pedro agora,  talvez, quando Jesus pergunta pela terceira vez, pensou nas suas escolhas, nos seus atos, nas suas decisões, nos seus fracassos, nas suas negações.
E se Jesus te perguntasse, por três vezes, o que viria na sua mente?
Como nós sabemos que amamos a Jesus?
Agora, Pedro reflete sobre o que estava dizendo.
" Sim Senhor, eu te amo."
Mas era um amor frágil, imperfeito.
"Ahhh Senhor eu te amo. Mas não da forma que eu deveria."
Quem sabe, amamos a Jesus, mas não dá forma que deveríamos amar!
Um amor vazio, cheio de palavras, mas vazio de ações.
Jesus continua sabendo da fragilidade do nosso amor, mas, Ele quer nos restaurar.
Jesus, está denunciando a qualidade do amor daquela igreja em Éfeso.
Eles deixaram o primeiro amor.
Jesus está denunciando o fato de que, embora aquela igreja esteja cantando, ainda falta alguma coisa.
Jesus não se escandalizou com Pedro.
Jesus não se escandaliza com a nossa fragilidade.
Jesus não se escandaliza com nosso amor que é pobre, é pequeno.
Jesus restaura a fé de Tomé e agora quer restaurar o amor de Pedro.
Nessa noite, Jesus quer restaurar o nosso amor.
A ressurreição torna possível o recomeço de Pedro, o nosso recomeço.
É disso que fala a Páscoa.
Jesus não esperava um amor perfeito de Pedro. Mas esperava um amor verdadeiro. Um amor inteiro, capaz de se entregar, mesmo com seus fracassos.
E dizer:
" Senhor, tu sabes todas as coisas."
Eu creio que hoje, o Senhor está chamando crentes, a restaurar, o seu amor.
Não era somente Pedro e Tomé, que precisam ser restaurados.
Muitos discípulos de Cristo, ainda hoje, precisam ser restaurados.
É possível estar perto com o coração longe.
Jesus está presente nessa noite, perguntando a cada um de nós:
"Tu me amas?"
Cabe a nós, ir a Cristo.

Pastor Ryan Sousa
IBPS