quinta-feira, 20 de novembro de 2025

O fim é onde começamos - Atos 28:16-31

 

Resenha do Culto de quarta-feira
19/11/2025

" O fim é onde começamos"

Atos 28:16-22

O contexto não é dos melhores, mas Paulo vivenciou coisas piores.
Ele chega a Roma e é levado a uma prisão domiciliar.
Estamos diante do maior pregador da história do império Romano.
Precisava ficar um guarda acorrentado com Paulo, vinte e quatro horas por dia.
Haviam divisões dentro das vinte e quatro horas. Seis soldados se revezavam naquela prisão com Paulo.
No dia do juízo, esses homens não poderão falar que não ouviram o Evangelho.
Está no DNA de Paulo, espalhar essa Boa Nova que é o Evangelho.
A notícia de que Cristo morreu por nossos pecados  e pela fé no Filho de Deus, nós alcançamos a graça, a benção da vida eterna.
Esses soldados, tenho a plena convicção, de que foram plenamente abençoados.
Estar acorrentado com um preso, não era muito bom. Mas onde quer que Paulo estivesse ou onde quer que esteja um servo de Deus, se espera que a luz de Cristo resplandeça em meio as trevas.
Aqueles homens sabiam quem era Paulo. Mas ainda não tinham ouvido falar desse Evangelho que transforma, desse Jesus tão pregado por Paulo.
Eles sabiam que existia uma bagunça no mundo.
Diferente de todas as cidades onde ele chegava, em prisão, Paulo chama os Judeus, os religiosos, para virem até sua casa.
Há um clamor daqueles homens, de que ele lhes apresentasse o Evangelho.
Paulo começa a pregar.

Atos 28:23-24
O primeiro ponto da pregação, não era apresentar o Cristo Ressurreto. Paulo volta no Antigo Testamento.
Essa era a estratégia de Paulo ao conversar com os Judeus.
Ele tinha pontos de contato.
Quando vamos evangelizar, o que precisamos conversar, é naquilo que nos é em contato.
Existem pessoas que querem falar de Jesus para outras, ofendendo. Existem outras que querem falar de Jesus, falando mal daquilo que é a principal divergência.
Quando na verdade, quando falamos dos pontos de contato, daquilo que pensamos em semelhança, nós abrimos espaço para um diálogo saudável entre os diferentes.
Paulo começa a falar a respeito do Reino de Deus.
A expectativa do Reino de Deus, é o que liga Antigo e Novo Testamento.
O conteúdo do Evangelho, tem a ver com a Presença de Jesus e a Sua obra.
Mas, antes de ouvir sobre isso, precisamos compreender sobre o Reino.
Falar sobre o Reino dos céus, era falar sobre a expectativa daqueles homens, de que Deus vai intervir na nossa história. Deus há de intervir nesse mundo.
O Deus dos patriarcas fez uma promessa.
O nosso Deus é um Deus de promessas. É um Deus que cumpre as suas promessas, embora por muitas vezes, haja um tempo de espera.
Aquele povo está esperando há tanto tempo pela vinda do Senhor.
Há uma expectativa, mas o olhar era terreno.
A expectativa judaica, não era o olhar de um Rei que reinaria de forma espiritual.  Era o olhar de um rei que pisaria nessa terra, que derrotaria o império Romano, que se assentaria no trono, em Jerusalém, assim como o rei Davi e regeria todas as nações com paz constante por toda eternidade.
Mas o esforço de Paulo é voltar na expectativa do povo e faze-los entender que precisavam realinhar tudo isso.
Diferente de todos os paradigmas, esse Rei não veio da família mais ilustre de Jerusalém. Esse Rei não veio cheio de riquezas ou com um grande exército, para trazer a libertação humana.
Esse Rei veio, para cumprir um propósito que está muito além do que se vê, do que se toca.  Que está muito além do que as nossas expectativas aguardavam.
Porque Ele não é meramente um Rei de guerra, um político ou um homem. Mas Ele é tudo isso, porque Ele é Deus.
Então Paulo fala:
" Esse Reino que vocês aguardam, é real e já começou."
Jesus não foi um personagem. Ele não foi uma caricatura. Ele se coloca como Senhor do universo. Rei de toda terra.  Deus de toda língua.
Não tem como aceita-Lo como um mero Mestre. Porque Ele mesmo não deixa essa opção.
O Reino dos céus já foi inaugurado.
Quando cremos em Jesus, como Senhor e Salvador da nossa vida, nós nos tornamos por fé, filhos de Deus. Nós nos tornamos cidadãos do Reino dos céus.
Aquele que crê, aqui e agora, já está na presença de Deus.
O Reino já foi inaugurado, embora, não tenha sido consumado.
Nós ainda não recebemos todas as bençãos do Reino. Mas já recebemos muitas delas.
Nós somos justificados por Jesus. Nós somos regenerados. Ele nos deu um novo nome. Nos tornou uma nova criatura. Ele nos deu uma nova história. Ele nos dá as leis do Reino.
O que move a sua vida a cada manhã?
Existem leis do Senhor, manifestas na Sua Palavra, que é o que deve nortear o seu povo. E se isso tem norteado a sua vida, você já está vivendo o Reino dos céus. Não em sua completude, mas você já vive como cidadão dele.
Ouvindo os direcionamentos do Rei.
Cristo Jesus já está Reinando. Nós somos seus súditos fiéis.
Em todo seu ministério, Jesus falou sobre o Reino dos céus.
Nós precisamos olhar para o Reino.
E ao olhar para o Reino vamos perceber que existe um Rei. E esse Rei Eterno já governa e continua governando, sobre a vida de todo aquele que Nele crê.
O objetivo de Paulo em Roma, talvez, é anunciar àqueles homens, que a expectativa que eles tem, já ocorreu.
Já pensou receber essa notícia?
Aquilo que você aguarda com tanta convicção, já aconteceu?!
Mas os seus olhos estão tão cativos do pecado, que você não percebeu a benção que Deus fez!
Em quantas instâncias não percebemos, que a benção está diante de nós!
Aqueles homens não perceberam, que a maior benção de todas, estava diante deles. Cristo Jesus havia vindo a terra.

Atos 28:25-27
Paulo está repreendendo aqueles homens, severamente.
O efeito do Evangelho pregado, sempre causa duas nuances:
Alguns acolhem, alguns crêem, depositam a sua esperança em Jesus.
Mas outros, rejeitam. Afastam Cristo. Outros, reepreendem aquilo que é o maior presente de todos.
Aqueles homens acreditam que o Antigo Testamento, era Palavra de Deus inspirada pelo Espírito.
Mas agora, quando Paulo mostra como tudo aquilo apontava para Jesus, para que fossem salvos por Ele, nós temos um coração endurecido e orgulhoso, que nega a Cristo.
Paulo utiliza as palavras do profeta Isaías, que em seu tempo, foi instrumento de Deus, para anunciar sobre a incredulidade do povo.
De tempo em tempo, Deus levanta servos, para a anunciar o Evangelho da salvação e a transformação de vidas.
Deus é longânimo.
Deus tem dado oportunidades. Deus tem sarado feridas. Mas eles manifestam um coração orgulhoso.

Mateus 13:13-14
Alguns dizem que isso parece injusto.
Ele faz assim, porque o fechar dos ouvidos e dos olhos, é o julgamento de Deus sobre as pessoas, que em primeiro lugar, não queriam ouvir e não queriam ver.
Quando Deus entrega alguém, é exatamente isso que acontece.
O Evangelho é pregado, mas não escutam.  Tudo está claro diante dos olhos, mas não enxergam.
Abraçam a mentira com muito vigor, mas a verdade está longe de suas vidas.
Se iludem por coisas tão efêmeras, mas aquilo que pode salva-los, está distante de seus corações.
Diante desses, o Senhor diz ...

Apocalipse 22:11
Deus exercendo juízo, não precisa mandar que o fogo do céu caia sobre sua vida.
Basta o Senhor dizer:
" Seja feita a sua vontade"
-Você acha que a Minha vontade é má?
-Logo você, que não tem controle de nada?!
Quando Deus entrega o homem a própria sorte, ai desse homem, porque seu fim será trágico.
Ao longo de todo esse ano, você ouviu a Palavra ministrada? Você viu os feitos do Senhor ou se tornou indiferente em relação a Sua Palavra?
É impossível ouvir a Palavra de Deus e as verdades do Senhor e permanecer neutro.
A neutralidade já é uma posição. É não estar com Cristo.
Somos chamados a ser discípulos.
Jesus diz:
"Se você quiser vir após mim, negue-se a si mesmo. Tome a sua cruz e siga-me."
Caminhar com Jesus diz de desafios na vida.
Mas é o mesmo Cristo que diz:
" Coloque sobre Mim as suas ansiedades. Porque meu jugo é suave e meu fardo é leve."
Nós estamos há mais de dois mil anos,  desse momento de Paulo. E nós temos a seguinte perspectiva:
A igreja continua aberta. Cristo foi vitorioso. E as portas do inferno, por mais que militem, não podem vencer a Igreja de Cristo.
Cristo já venceu. E a igreja de Cristo, é a mesma igreja, que naquele dia, estará diante do Trono de Deus, cantando - Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus Todo Poderoso.
Vale a pena perseverar.
Existem circunstâncias, que só um toque de Deus para nos levantar e fazer prosseguir.

Atos 28:28
Nós somos brasileiros. Somos gentios. Estamos muito distante do povo Hebreu, mas esse Evangelho veio a nós.
Nós que não éramos da videira, fomos enxertados nela, mediante a fé.
Hoje nós podemos afirmar, que nos tornamos descendência espiritual, porque o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, é também o nosso Deus.

Atos 28:29-31
Nós temos o fim do livro de Atos, nos informando que Paulo está dentro de uma prisão domiciliar.
Ele não nos fala sobre o fim do apóstolo. Mas ele nos fala, que aquele homem, continuou durante toda sua vida, pregando o Evangelho de Cristo.
Quando buscamos em outros textos, conseguimos compreender qual foi o fim do apóstolo.

2 Timóteo 4:6-8
Você ama a vinda de Cristo?
Você aguarda a vinda de Deus?
Então, você, pela fé, também receberá a coroa da vida.
Os relatos dizem que, Paulo ficou cerca de dois a três anos, numa prisão.
Na verdade, ele foi diante do imperador. Ele pregou ao imperador. Ele foi absolvido desse caso. Ele volta a algumas viagens missionárias e depois ele é levado novamente para ser morto, por conta da perseguição que se instaurou no império Romano.
O imperador Nero foi o que começou com uma grande promessa, de mudanças, de aceitação e de cuidado com o povo Romano. Mas a história conta, que Nero entrou em alguns devaneios e incendiou Roma enquanto tocava o seu violino.
E diante do apelo popular do Senado Romano,  ele coloca a culpa do incêndio nos cristãos.
E a partir daquele momento, uma grande perseguição se instaura no império Romano.
Quantos cristãos foram jogados as feras! Morreram crucificados, decapitados!
E esse é o fim de Paulo.
A história cristã afirma que Paulo foi morto decapitado e Pedro, que estava junto, foi crucificado.
A história conta, que Pedro pediu para que não fosse crucificado como o Mestre. Mas que fosse crucificado de cabeça para baixo, pois não era digno de morrer, como o seu Senhor.
A crucificação era uma morte destinada aos inimigos do império. Como Paulo era um cidadão romano, ele não poderia ser crucificado.
A morte de cidadãos romanos, inimigos do império era por meio da decapitação.
Esses homens foram mártires da fé. Que morreram pela convicção do Evangelho, para que a Palavra de Deus pudesse chegar aqui. Homens que não negaram a Cristo. Que entenderam que essa terra é passageira, mas, que existe uma eternidade de alegrias, na presença de Deus.
Que possamos finalizar nossa jornada, nos lembrando dos grandes feitos de Deus. E que possamos guardar as palavras do apóstolo no fim da sua vida. Que possamos nos mover sobre a lembrança, de que Cristo vive, Cristo opera  e nós somos chamados a sermos seus instrumentos.

Pastor Gabriel Monteiro
IBPS


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