domingo, 8 de janeiro de 2017

João 8:1-11



Se eu fosse dar um tema para a mensagem de hoje, eu daria: “O perdão que vem de Deus”.

Estava acontecendo uma grande festa em Jerusalém. A festa dos tabernáculos. E nessa festa eles festejavam alegres, relembrando sua peregrinação no deserto, lembrando que haviam saído da escravidão do Egito e prontos para irem para o lugar que Deus lhes havia preparado.

Eles pediam que o Senhor lhes trouxesse à memória, o cuidado e o livramento que o Senhor dera a eles.

Eram muitas as pessoas que se juntavam nessa festa, pois vinham as pessoas das cidades vizinhas e ali então elas faziam um memorial, ficando em cabanas, montanhas, campos, estavam ali aquelas pessoas.

Essa festividade era a mais alegre, a mais importante, porque os seus corações estavam cheios de contentamento, porque lembravam o cuidado de Deus com a vida de cada um.

Ao lembrar o cuidado de Deus para com nossa vida, não vai sobrar nenhum sentimento que não seja de alegria, satisfação, gozo, contentamento. De saber que Deus agiu, que Deus interviu, que Deus abençoou, que Deus cuidou.

Quantos aqui estão felizes porque Deus tem cuidado de sua vida, diga amém.

Era nessa mesma perspectiva que estão ali reunidas todas aquelas pessoas.
E nesse tempo, Jesus ia para o templo e começava a ensinar, falar sobre o Reino de Deus e as pessoas ficavam maravilhadas. Dizia coisas sublimes e especiais. O que o próprio Deus ministrava em seu coração.

No versículo 1, vemos que Jesus toma uma decisão, Ele vai para o monte das Oliveiras. Vale conhecido como Lagar, prensa de azeite.
Lugar onde Jesus estava acostumado a ir para orar pelas pessoas e seus discípulos.
Ali Jesus passou a madrugada orando.
E pela manhã, Jesus sai do monte e vai para o templo, para ensinar uma porção da Palavra de Deus.
E quando todas as pessoas se colocam diante Dele, acontece algo inesperado.
Chega de repente uma multidão, de escribas e fariseus, que entra no templo e atrapalha a preleção de Jesus.
Apresentam diante Dele uma mulher. Uma mulher pecadora, que havia sido pega em adultério.
Aquela mulher havia errado contra Deus. Talvez tenha errado contra o seu marido.
Era um momento de vergonha.
Provavelmente ela tenha sido arrastada pela rua afora, talvez algumas pessoas lhe arrancaram a roupa, para que fosse humilhada ainda mais.
E uma vez exposto seu corpo, estava exposto também a sua vergonha, o seu pecado.

Começo a imaginar aquela mulher, arrasada, desesperada. Com seu pecado exposto, gerando humilhação, vergonha e dor.
Irmãos, se não abandonarmos o pecado, mais ou mais tarde, ele será exposto.
E ao ser exposto, será exposta também a dor, a vergonha, o sofrimento, a frustração.
Sentimentos que essa mulher estava tendo, certamente.

No versículo 3 vemos que os escribas, colocaram aquela mulher de pé, diante de toda multidão.
Todos de olhos fixos nela.
Não tinha como desviar o olhar, do olhar condenatório, do olhar opressivo, de julgamento.
Aquela mulher foi humilhada publicamente e seus acusadores não a trataram com dignidade.
Não a viam como ser humano capaz de errar.

Aquela mulher era igual a eu e a você. Falhos e sujeitos ao pecado.
Aquela mulher tinha um nome, sentimentos, provavelmente tinha uma família, uma história de vida. Mas foi tratada como qualquer uma. De pé diante de uma multidão, na frente de Jesus, eles mataram aquela mulher emocionalmente.
Ela foi ultrajada publicamente.

No versículo 4 eles diziam ao mestre que essa mulher foi pega em adultério e flagrada no ato do seu pecado.
Não tinha desculpas, não tinha justificativas.
Não tinha como negar seu envolvimento sexual.
Quantos nessa hora, tentam se justificar ... não, não foi bem por aí ...
Tentam mentir, tentam esconder.
Mas no caso dessa mulher, era impossível fazer isso, porque foi visto o seu pecado. Ela foi apanhada em um ato sexual.
Ela não tinha um álibe. E seu erro era passível de morte.

Em Deuteronômio 22:22 diz que “se um homem for pego deitado com uma mulher casada, ambos serão mortos.”
Interessante que os escribas e fariseus não trouxeram um homem.
Eles não estavam interessados em cumprir a lei mas os seus próprios interesses.
Podemos ver uma sociedade machista, que tinha dois pesos e duas medidas, (exatamente como vemos hoje), cuja balança sempre pesava pelo lado da mulher.
Não levaram um homem porque aquela era uma manobra para acusar a Jesus.

Eles não se importavam com aquela mulher. Na verdade eles queriam acusar Jesus contra três coisas.
A primeira, era contra a lei de Moisés, que não permitia apedrejar em público.
Qualquer fala de Jesus, ali seria pego para acusar.

Mas Jesus não emitiu nenhuma sentença. Estava ali pressionado pela multidão, mas teve o cuidado de parar, pensar, analisar.
E começa a escrever na terra.
Devemos ter muito cuidado com julgamentos precipitados.
Devemos parar e pensar para não recorrermos a erros.

Emitimos sentenças, julgamentos, como os escribas e fariseus fizeram com aquela mulher.
Cuidado! Sejamos tardio no julgar e rápidos em amar e perdoar. Em abraçar.
Sejamos pacientes e compreensivos.
Existe o pecado? Sim! Vamos tratar o pecado, mas amar e restaurar o pecador.

Talvez Jesus escrevia na areia, para encontrar paciência frente à hipocrisia daquele povo.
Para que aquelas pessoas pudessem refletir sobre suas ações e sua vida.
Talvez, Ele escrevia os nomes de homens que estavam ali, presentes e que também, haviam saído com aquele mulher.
Não sabemos o que estava escrito, mas sabemos que ao voltar-se para o povo, Jesus emitiu a sentença.
“Aquele que não tem pecado, que atire a primeira pedra.”
Jesus usa de misericórdia com aquela mulher.
Jesus não veio para condenar, mas para salvar.

Jesus veio para restaurar a vida daquele que está perdido.
Jesus valoriza a lei. Expôs a gravidade do pecado daquela mulher. Mas Jesus ama o pecador e sua intenção, é restaurar.

Jesus escreve na terra e nos mostra três verdades: a primeira, a terra é santa. O pecado é maligno. E o amor de Deus para com o pecador, é infinito. Deus abomina o pecado, mas ama o pecador, por isso lhe dá oportunidade de traçar o caminho do arrependimento.
É preciso ter o coração aberto.
Como está sua vida?
Quando Jesus Cristo falou para aquela mulher, vá e não peques mais, é como se Jesus estivesse falando, vá e viva uma NOVA VIDA DE FORMA DIGNA.
Sem peso e sem a humilhação do pecado. Livre e restaurada.

Eu te dou uma nova vida para que você possa viver um momento digno, de forma digna.
É como se Jesus tivesse falando, viva uma nova vida sem traumas, sem complexos, sem humilhação.
Você está livre, restaurada.

A natureza do verdadeiro arrependimento são frutos do abandono da prática do pecado. O perdão vem de Deus e Deus nessa noite quer te perdoar.
Abandone a prática do seu pecado. Aquilo que tem feito você se distanciar de Deus. Nessa noite Jesus quer que você se aproxime Dele, não mais pela vergonha dos seus pecados expostos, mas pela graça e pelo perdão que vem do Senhor.

Pastor Eliel
IBPS

Noite de 08/01/2017

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