quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Marcos 3:1-6

 “Limitações humanas, possibilidades de vida.”

Marcos 3:1-6

Meditando neste texto, lembrei-me que quando adolescente, eu fui trabalhar numa oficina mecânica e naquela época, algumas pessoas cortavam um dedo para se aposentar.
E alguns perguntavam: Você teria coragem?

No contexto, Jesus encontra esse homem ali no templo, e ele tinha uma das mãos atrofiadas.
Naquele contexto havia umas implicações muito sérias.
Primeiro porque as pessoas viviam da terra, e aquele homem, dependia daquela mão para trabalhar.

E quando Jesus entra na Sinagoga, aquele homem estava ali. Fazia parte daquela congregação.
Por muito tempo ele já frequentava aquela sinagoga, mas quando Jesus entra, o Senhor Jesus olha para esse homem; mas na verdade, as autoridades eclesiásticas e alguns fariseus ali presentes, estavam de olho em Jesus.

Fico imaginando o momento em que Jesus entra. Eles com o olhar em Jesus, e aquele homem com aquela mão atrofiada se aproxima e as autoridades e fariseus começam a dizer uns aos outros: Será que Ele vai curar? Hoje é sábado.
Para o Judeu a guarda do sábado se tornou algo sacramentado, ao ponto do sábado ser mais importante do que a pessoa.
E muitas das vezes eles condenavam Jesus por algumas de suas atitudes no sábado.

Jesus estava interessado naquele homem e os Fariseus interessados em saber se Ele iria curá-lo para condenar Jesus.

Eles olhavam para Jesus esperando alguma coisa.
Muitas pessoas olham para Jesus esperando alguma coisa.
Quando você olha para Jesus, você olha esperando, o quê?

Muitas pessoas vão ao santuário, esperando prosperidade.
Quer ser uma pessoa próspera e acha que o fato de ir ao santuário Deus vai lhe abençoar.
Na verdade, Deus abençoa mesmo, mas Deus olha para o seu coração.
Ele quer ver qual a intenção do seu coração.

Ali, aqueles Fariseus estavam muito mais preocupados se Jesus ia curar no sábado, do que em adorar a Deus.

Nós precisamos estar atentos em quais são as nossas motivações.
Qual a nossa preocupação quando chegamos ao Santuário?
Viemos para adorá-Lo, ouvir Sua voz?

Existem pessoas que foram terrivelmente feridas em nome de Deus. Devido a religiosidade.
E é interessante que Jesus foge dessa via da religiosidade.

Quando Jesus chega ali, três coisas acontecem.
Ele encontra um homem limitado pela sua deficiência. Limitado por causa do contexto. Lavradores, criadores de gado ... 
Mas a pior limitação não era essa. A pior limitação era o fato de que eles viviam no meio de um povo que tinha o ponto de vista fatalista.
Porque quando alguém passava por uma situação semelhante a daquele homem, as pessoas olhavam e diziam que ele tinha pecado.
Foi ele ou foram os pais dele. Por ignorância as pessoas julgam assim. Ignorância espiritual.


Já encontrei pessoas que chegaram profundamente feridas, porque alguém, na sua ignorância, julgam que elas não tem fé porque passavam por depressões.

Há vários motivos que levam uma pessoa a um processo de depressão.
É muito fácil você julgar o sofrimento das pessoas como falta de fé.

Nem sempre é assim.

Jó passou por muito sofrimento, mas não porque ele fez alguma coisa errada.
Deus estava provando a vida dele. Deus estava trabalhando na vida de Jó. Deus estava cuidando de Jó.

Deus tinha uma benção muito maior para a vida dele. E quando passou todo aquele momento de provação, Jó recebeu uma benção maior do que todo tesouro do mundo.

Jó contemplou o Senhor, face a face.

A mão atrofiada daquele homem, não era na verdade a preocupação de Jesus.
Hoje as pessoas estão angustiadas, com dificuldades de falar das suas dores.
Há muita ignorância religiosa e muitas pessoas feridas.
Quando vamos ao encontro de Jesus, Ele nos acolhe.
Jesus sempre foi ao encontro das pessoas que estão feridas, à margem da sociedade.
Jesus liberta da incredulidade.


Enquanto as pessoas estavam preocupadas se Jesus iria curar aquele homem ou não, Jesus acolhe aquele homem e o traz para o centro.
É isso que Jesus faz conosco.

Jesus ao invés de fugir, vai ao encontro de quem sofre.
Jesus sempre foi ao encontro das pessoas que estão à margem da sociedade.
Jesus sempre foi ao encontro das pessoas que estão feridas.
Jesus sempre vem ao nosso encontro quando nós clamamos.

Naquele momento, Jesus o traz para o centro e o liberta da incredulidade.
Porque na verdade a pior atrofia que a pessoa pode ter, não é a atrofia do seu corpo, mas é a atrofia espiritual. A incapacidade de crer.

O Senhor convida aquele homem para vir para o centro da vontade de Deus.

Os Fariseus estavam ali com o coração endurecido.
Quantas pessoas vão ao Santuário com o olhar naquilo que podem receber e não para ouvir a voz de Deus, para conhecer mais Dele!

Eu não sei qual era o interesse daquele homem que tinha as mãos atrofiadas.
Mas a verdade é que Jesus conhecia seu coração.

Eu creio que o Senhor Jesus pode fazer um milagre na sua vida. Pode curar suas feridas e mudar a sua história de vida.
Porque Ele faz isso na vida daquele homem e tem feito isso na vida de tantas pessoas!

Além de Jesus encontrar ali um homem limitado pela sua deficiência, Jesus encontra ali, religiosos limitados pelo seu legalismo.
A visão que eles tinham de Deus era legalista.
Para eles o mais importante era o sábado.

Existem pessoas assim. Estão tão preocupadas com as coisas do que com as outras pessoas.
Por isso a gente vê tanta injustiça, tanta gente roubando.

O problema daqueles religiosos é que o coração deles estava atrofiado.

O que me chama a atenção no texto, é a religião sem vida, sem sal, num deus abstrato, num deus distante.
Jesus acolhe as pessoas simples. Cura e liberta os que estão à margem da sociedade e por isso, queriam matá-Lo.
A honestidade incomoda.
Ser sal e luz incomoda. Buscar uma vida de integridade e transparência, incomoda.

Tudo isso incomodava àquelas pessoas, que estavam mais preocupadas em guardar o sábado do que com o sofrimento daquele homem.

A sua religião te liberta ou impõe um julgo terrível sobre você?
O Evangelho liberta, Ele não escraviza. Porque nos mostra um Deus que nos ama e que olha por nós.
Um Deus que conhece nosso sofrimento e veio habitar entre nós.
Um Deus que é capaz de ter compaixão das nossas misérias.

A ideia de Deus era de abençoar o ser humano.

Chegamos à casa de Deus para adorar a Deus. E isso nos torna fortes.

A Palavra de Deus deveria leva-lo a amar seu semelhante.
O seu relacionamento com Deus te leva a amar o seu semelhante?

Quando Jesus olha para nós, Ele vê o lógico. Jesus tem compaixão do seu povo.
Jesus fica indignado com a dureza do coração das pessoas.

Jesus sabia que ao curar aquele homem, estava assinando a sua condenação.
Quando Jesus nos convida a ir até Ele, Ele tira o fardo pesado dos nossos ombros.

1 Coríntios 13
Paulo fala do amor. Ele sabe que tudo vai passar nessa vida, menos o amor. Porque Deus nos ama.

Há algo atrofiado em você?

Aquele homem tinha uma das mãos atrofiadas, tinha uma limitação e as pessoas achavam que ele nasceu daquele jeito porque tinha pecado, mas a maior atrofia estava no coração daquelas pessoas.

O que tem atrofiado a sua alma e roubado a alegria do seu coração?
Pensemos no Deus que nos traz o céu.

João 3:13-15
O texto diz que quando aqueles Fariseus saíram dali, começaram a planejar como mata-Lo.
Mas sabemos que Ele mesmo deu sua vida, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.

Pastor Nélio Monteiro
IBPS
19/02/2017

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