Resenha do Culto de quarta-feira
18/09/2024
"A FÉ QUE FALA"
Hebreus 11:4
A história de Abel está entre as primeiras narrativas bíblicas.
Temos Deus, Criador de todas as coisas, criando um mundo perfeito.
Temos a narrativa bíblica, nos apontando que Adão e Eva se rebelam contra Deus e decidem pecar.
Naquele momento, o pecado entra na história humana.
Adão e Eva agora, estão fora do Jardim do Éden.
Do seu relacionamento, temos dois filhos. O mais velho, Caim, agricultor e o filho mais novo, Abel, um pastor de ovelhas.
Gênesis 4:1-11
Eis o seguinte cenário:
Temos dois irmãos, que em um determinado momento vão prestar culto a Deus.
Vão a um local de adoração.
Temos duas realidades. Temos Caim como agricultor, alguém que plantava e com suor colhia seus frutos.
O texto diz que Caim, leva uma oferta da terra ao Senhor.
Temos Abel, um pastor de ovelhas, que oferece também, do fruto que ele trabalhava ao Senhor.
Por que o Senhor aceitou o culto de Abel e rejeitou o de Caim?
Como a fé se relaciona a tudo isso?
Como esse relato, se aplica na vida dos hebreus e também nas nossas vidas?
Será que o Senhor aceitou o culto de Abel porque preferia ovelhas ao invés do fruto da terra?
Não.
Porque cada um oferece, daquilo que ele tinha de vocação para servir.
Caim leva ao Senhor, algo que lhe era comum.
Ele leva parte de mais alguma coisa, daquilo que ele tinha aos montes.
Abel não.
Caim trouxe do fruto da terra.
Abel trouxe as primícias.
O texto diz que, Abel traz a primeira parte do que ele tem de melhor.
Diferente de Caim, Abel selecionou aquilo que tinha de entregar ao Senhor.
O problema nunca foi a oferta em si.
Deus é o Criador de todas as coisas.
Ele não precisa que nada lhe seja levado, no sentido de provisão.
Porque Ele é Dono de tudo.
Ele que fez com que os frutos plantados por Caim, ali estivessem.
É o mesmo Deus que fez que com o rebanho de Abel se multiplicasse.
Tudo que temos pertence a Deus.
Quando adoramos ao Senhor, estamos apenas entregando ao Senhor, o que já é Dele.
Esse relato não é sobre oferta, mas sobre o tipo de adoração.
Naquele momento, a oferta levada diante do altar, deixava exposta, a diferença do coração daqueles dois homens.
Caim ofereceu como culto, mais uma coisa, das várias que ele possuía. Sem a devida atenção ou cuidado.
Mas Abel não apenas cumpria o rito. Ele tinha o cuidado de selecionar o melhor. Ia diante de Deus, com o coração disposto a servi-Lo.
Abel entendeu que, a oferta levada ao Senhor, deve ser nos padrões que Deus aceita.
Esse cenário fala muito.
O problema não era a oferta, mas a forma que ela foi entregue.
Erramos ao pensar, que podemos servir a Deus da forma que achamos que deve ser.
Erramos ao pensar, que podemos servir a Deus no padrão que entendemos ser o melhor.
Erramos ao pensar, que o fato de fazer, já é suficiente.
Erramos ao nos esquecer Quem é o Deus que nós servimos.
Existem muitos pontos de pseudo adoração.
O Senhor está procurando adoradores, que O adorem em Espírito e em verdade.
Pessoas que entenderam Quem Deus é.
Eu não posso entregar o culto de qualquer jeito.
Então, Abel pega as primícias. Ele pega o melhor.
Será que temos entregado as primícias ao Senhor?
Será que temos entregado o melhor ao Senhor?
A palavra culto, nos direciona ao aspecto em que estaremos juntos, para prestar uma adoração.
O culto, não é sobre receber algo de Deus, mas sim, sobre entregar algo ao Senhor.
Temos dias que precisamos ouvir a voz de Deus. Mas, o momento do culto deve arder nosso coração, de forma que a gente sinta necessidade de louvar, de adorar esse Deus.
O Evangelho de Cristo transforma nossas vidas.
Eu preciso dar o meu melhor para Deus.
O tipo de fé de Abel, se reflete em nossas vidas de várias formas.
Eu venho ao culto, não simplesmente pelo que quero receber de Deus.
Eu venho para adora-Lo.
Eu entrego o dízimo, porque eu entendo que tudo é Dele.
Essa fé que nos leva a sermos a diferença no nosso ambiente de trabalho, na nossa vida cotidiana.
Na caminhada de Caim e Abel, eles tiveram que cultivar a terra e alimentar as ovelhas, até chegar ao momento de levar o sacrifício diante de Deus.
Caim teve que fazer todo processo para que a colheita viesse. Ele teve tempo, e mesmo assim, ele entrega o básico ou o pior.
Abel já sabia que ele tinha que observar o que seria o melhor para dedicar ao Senhor.
Gênesis 4:6-7
Existem padrões estabelecidos por Deus, da forma que Ele deseja ser adorado.
Nós não servimos a um Deus, que aceita qualquer tipo de culto e adoração.
Ele conhece seu coração.
O Deus que nós servimos, é Aquele que deve receber a primícia.
O melhor.
Aquele a Quem devemos adorar em Seus parâmetros.
E como saber os parâmetros de Deus?
Precisamos conhecer a Sua Palavra.
Temos um Deus que tem seus padrões e suas exigências.
Ele diz como deve ser o culto.
Ele tem um zelo, porque Ele é Santo.
Temos que ter zelo pelas coisas do Senhor.
Estamos falando de um Deus Santo.
Isaías tem um sentimento de terror, ao ver a glória de Deus, porque ele reconhece quão pecador ele é.
Estamos falando de um Deus que é Santo.
A adoração que Deus requer, tem um padrão. Não é de qualquer jeito.
Precisamos lembrar e entender, Quem é o nosso Deus.
O pecado permite que você faça da sua maneira. Porque ele tira Deus do centro e coloca você.
Embora nosso melhor, ainda não seja suficiente diante de Deus, é o que Ele espera de nós.
A fé de Abel é uma fé que fala.
Aqueles irmãos que estão sendo perseguidos, poderiam olhar para esse legado de Abel e perceber que ele fez o certo, até o fim.
Sua vida foi curta. Mas sabemos que ele foi um verdadeiro adorador.
Tragicamente Abel foi assassinado, mas nem a morte, pôde calar o testemunho desse homem.
Estamos aqui, há milênios, falando a respeito dele.
Estamos falando de um homem, que deve ser referência de culto, para aqueles Hebreus e para cada um de nós.
Além do testemunho, há também a lembrança, de que mesmo que a perseguição possa levar-nos a morte, como fez com Abel, Deus jamais se esquecerá disso.
Como a Bíblia nos diz, no juízo final, o Senhor há de vingar os justos e entregar a sua herança.
Gênesis 4:10
Abel poderia se enquadrar como um mártires da fé. Aquele que perseverou até o fim e ainda assim fala a cada um de nós.
Apocalipse 6:9-11
Aqueles que morreram por causa do Evangelho, estão abaixo do Trono de Deus. Eles estão clamando ao Senhor pela consumação de todas as coisas.
Como servos de Deus, somos chamados a não sermos agentes da vingança , mas confiar no Deus que, no tempo devido, há de retribuir a justos, a herança. E a ímpios, a condenação.
Esse texto fala por si só.
Deus nos chama a perseverar, mesmo em meio as negações e tribulações.
É o que Deus espera dessa Igreja.
Não somos os primeiros e não seremos os últimos a passar por tribulações.
Abel é o primeiro de uma galeria de homens e mulheres, que fizeram a diferença pois sua fé era viva.
Sua fé os impulsionava a viver o extraordinário de Deus.
Quando experimentamos esse tipo de fé, temos alegria de servir a Deus.
Continuamos perseverantes, pois sabemos que há uma herança reservada para os filhos de Deus.
A fé de Abel, fala até os dias de hoje.
Hebreus 11:4b
Que nossa noite possamos nos inspirar em Abel, sabendo que a fé verdadeira fala em alto e bom som.
Que no fim, Deus tem algo maior e melhor para os possuidores dessa fé.
Que Abel seja uma inspiração para você e que sua vida seja inspiração para tantos outros.
Que esse seja o legado que você vai deixar, para as futuras gerações que vem através de você.
Que mesmo que mortos, a nossa fé ainda fale.
PASTOR GABRIEL MONTEIRO
IBPS
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