Resenha do Culto da Manhã de Domingo
14/09/2025
"A CEIA DO SENHOR"
1 Coríntios 11:23-32
Nesta passagem, Paulo recebe a primeira instrução sobre a interpretação da Ceia diretamente do Senhor. Os apóstolos vivenciaram com Cristo o momento da instituição da Ceia e, até então, a interpretação que tínhamos nos Evangelhos era a deles. Mas Paulo traz a interpretação diretamente do Senhor.
Gálatas 1:10-12
Essas instruções que Paulo nos apresenta, ele recebe diretamente do Senhor Jesus. Portanto, a celebração da Ceia traz consigo alguns ensinamentos muito profundos. O primeiro deles é a obediência a Cristo.
1 Coríntios 11:23
Um memorial é uma lembrança. Jesus disse: "Celebrem a Ceia, sempre para se lembrarem de mim." Esse é o primeiro propósito. É uma ordem de Jesus, em obediência a Ele, pois a Ceia nos traz um ensinamento profundo: o de nos lembrar da morte vicária de Cristo.
1 Coríntios 11:23-25
O propósito da instituição da Ceia é lembrar, trazer à memória o sacrifício vicário de Cristo na cruz. Para que não percamos de vista o preço que foi pago pela nossa redenção. Como nossos pecados foram expiados naquela cruz? A Palavra de Deus diz que, sem derramamento de sangue, não há purificação de pecados. Em todo o Velho Testamento, no cerimonial, ofereciam-se cordeiros. Mas aqui, na plenitude dos tempos, Cristo oferece a Si mesmo, e o sangue que é derramado é o Sangue de Jesus.
Por isso, quando instituiu a Ceia, naquela noite, pouco antes de ser traído e sacrificado em nosso lugar, Jesus disse: "Sempre que vocês comerem este pão, sempre que vocês beberem deste cálice, lembrem-se de que a minha vida foi entregue voluntariamente por amor a vocês." Jesus não foi para a cruz porque Judas o traiu. Jesus não foi para a cruz porque Pilatos, covardemente, o entregou. Jesus foi de forma voluntária, porque essa era a vontade do Pai. A Nova Aliança só é validada pela morte de Cristo.
Hebreus 9:28
O sacrifício de Jesus foi feito uma única vez. Jesus morreu na cruz uma única vez, e essa única vez foi suficiente, perfeita, aceita pelo Pai como o bastante para a salvação de todo aquele que Nele crê. Jesus aparecerá uma segunda vez, ou seja, Jesus vai voltar. Ele prometeu que vamos, novamente, assentar à mesa com Ele.
Na noite em que foi traído, o fato ocorre no período da Páscoa. E era comum, na celebração da Páscoa, eles beberem quatro cálices. Cada um deles falava de uma promessa.
Êxodo 6:6-7
Para cada uma dessas promessas no ato da Páscoa, os judeus tomavam um cálice. Jesus toma o terceiro cálice, que significava a redenção, o resgate. Jesus pega esse terceiro cálice e institui a Ceia. Nele se cumpre a promessa. Jesus veio para nos resgatar. Todos nós havíamos sido sequestrados pelo pecado, e o salário do pecado é a morte. Nós transgredimos a lei de Deus, por isso necessitávamos de um Libertador, de um Redentor, de Alguém que pagasse o preço da nossa culpa. Aquele que o preço de sua culpa não é pago por Jesus Cristo terá que pagá-lo.
Por isso, Jesus, de forma obediente à vontade do Pai, entrega-se a Si mesmo por amor a nós. E Seu Sangue é derramado para nos purificar de todos os pecados. É isso que a celebração da Ceia nos traz à memória. Assim como o terceiro cálice significa para o judeu a libertação do povo do Egito, o cálice que nós tomamos no ato da Ceia nos lembra a libertação do jugo do pecado, que traz morte e condenação eterna.
Meus irmãos, a Ceia nos lembra do sacrifício vicário de Cristo. Além de o fazermos em obediência a Cristo e para relembrar Sua morte, nós o fazemos para proclamar a morte do Senhor até que Ele venha.
1 Coríntios 11:26
Meus irmãos, o Evangelho é apresentado no ato da comunhão. Quando nós celebramos a Ceia do Senhor, estamos apresentando o Evangelho da redenção em Cristo Jesus. Estamos anunciando que só Jesus Cristo salva, porque só Jesus Cristo nasceu sem pecado. Somente Jesus Cristo viveu sem pecar. Somente Jesus Cristo ofereceu a Sua vida inocente, pura e imaculada em oferta pelos pecados dos impenitentes que viviam em rebelião contra Deus.
E à medida que os elementos vão sendo explicados, eles apontam para a encarnação física de Jesus. Jesus é o Pão que desceu dos céus para dar vida ao mundo. O Sangue derramado de Jesus fala da Sua morte sacrificial. Mas quando nós celebramos a Ceia do Senhor, de forma sobrenatural, Jesus se faz presente nesse momento. Não nos elementos da Ceia, porque Ele Vive e Reina. Jesus ressuscitou. Jesus está vivo, Ele venceu a morte. E, ao mesmo tempo, quando celebramos, temos a esperança daquele dia que Jesus prometeu, em que nos assentaremos com Ele à mesa. Novamente com a sua presença física. Até esse dia, anunciamos a Sua morte até que Ele venha. Ou seja, há esperança em Cristo Jesus para todo aquele que Nele crê.
Na celebração da Ceia, somos exortados a examinar a própria vida.
1 Coríntios 11:27-32
Paulo, aqui, nos insta a examinarmos a nossa própria vida diante de um Deus Santo que não poupou Seu Próprio Filho para nos salvar. Usado como instrumento de Deus, Paulo nos adverte a discernir — isso fala da santidade da celebração. Discernimento é um ato espiritual que só ocorre pela ação do Espírito de Deus em nossa mente. É quando entendemos o significado da Ceia, a santidade desse ato. Não é uma celebração qualquer.
Paulo nos lembra da penalidade. Ele diz: "Porque aqueles que comem e bebem sem discernir o Corpo do Senhor estão fazendo isso para sua própria condenação." Estão trazendo juízo para a própria vida, e a penalidade é a morte. Paulo, pelo Espírito de Deus, nos insta, então, a examinarmos a nós mesmos.
Como está a sua vida diante de Deus? Você tem levado Deus a sério? O ato de celebrar e participar da Ceia do Senhor é um ato de comunhão da igreja, da igreja que tem como eixo Cristo, como Senhor, Cristo, como Redentor, Cristo. Participar sem o devido discernimento é desprezar o sacrifício de Jesus.
Pastor Nélio Monteiro
IBPS
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