domingo, 19 de novembro de 2017

Efésios 6:5-9


Resenha do Culto

Efésios 6:5-9

Muitas vezes lemos cartas aos Efésios e o foco está sempre no capítulo 6.
Pensando nesse livro há alguns meses, estudamos algumas semanas sobre relacionamentos marido e mulher, depois ele passa ao relacionamento do servo com o Senhor, o nosso relacionamento com Deus. Depois ele vai tratar nosso relacionamento dentro da sociedade.
E Paulo estava vivenciando isso, dentro de uma sociedade injusta.
Pensando no relacionamento marido e mulher, era um contexto em que, quando a mulher era solteira era propriedade do pai, depois que se casava era propriedade do marido.
Enquanto propriedade do pai, o pai poderia dá-la em casamento a quem quisesse, o pai poderia fazer o que quisesse com ela.
Quando propriedade do marido, ele também poderia fazer o que quisesse.
Era muito comum naquele contexto os maridos desprezarem as esposas. Simplesmente por qualquer erro dela, o marido dava a ela uma carta de divórcio e manda-la para casa. Ele poderia dispor dela da forma que quisesse.
Depois vamos ver relacionamento pais e filhos, também num contexto extremamente injusto. Porque o filho era propriedade do pai e ele poderia dar o filho em casamento. Poderia intervir quando ele estava casado, levando-o a divorciar-se, ele podia vender o filho como escravo. Ele podia punir o filho da forma que ele quisesse.
E aí, Paulo traz esses relacionamentos, para o nosso relacionamento com Deus.
Ele traz para o principio, qual é o princípio de Deus.
Que em todos esses relacionamentos, eles sejam conduzidos em amor.
E nesse ato de amor a Deus e ao próximo, que é a síntese dos 10 mandamentos, Paulo diz, vamos voltar para o princípio da palavra.
Qual o princípio da palavra?

O princípio, Deus criou o homem e a mulher. Portanto, aqueles a quem Deus une, não separe o homem. Ou seja, quando o Senhor Jesus Cristo, Ele veio, Ele libertou a mulher e trouxe a mulher para perto do homem.
E Paulo está lembrando desse princípio.
Quando o Senhor Jesus Cristo, Ele vem, Ele coloca todos no mesmo patamar e trata todos da mesma forma.
Ele quebra isso, quando alguns pais levam seus filhos, para serem abençoados pelo Senhor Jesus.
E quando chega aquela meninada lá perto de Jesus, os discípulos começam a afastar, Jesus diz: “Não! Vocês estão errados. Deixem vir a Mim os pequeninos porque deles é o Reino dos Céus.”
Ou seja, que desprezo é esse com os filhos de vocês? Que falta de sensibilidade, que falta de amor é essa?
Ele faz mais; Ele põe uma criança no meio deles, e diz assim: “Se vocês não se fizerem como essa criança, de maneira nenhuma vocês vão entrar no Reino dos Céus.”
Por Deus, a criança não é uma coisa, a criança não é uma propriedade, a criança é uma herança de Deus. A criança é uma benção de Deus.
Então, quando Paulo começa a tratar desse relacionamento, ele tem como exemplo o nosso relacionamento com Deus, porque Deus é Pai.
Ai ele diz assim: “Filhos, obedeçam seus pais, reconheçam a autoridade deles como vocês reconhecem a autoridade de Deus. E pais, não provoquem a ira aos seus filhos, com essa atitude, trazendo esses valores, que são valores humanos, deturpados, injustos e que vocês estão colocando como jugo sobre os filhos de vocês e trazendo ira ao coração deles. Mas trate-os, como o Senhor trata vocês.”
Interessante que depois, Paulo vai falar do mistério revelado em Cristo Jesus.
A igreja, lá no Velho Testamento, Israel era esposa de Deus. A igreja hoje, não é a esposa, ela é a noiva. Ou seja, uma noiva que está sendo preparada.
Jesus conta a parábola das noivas prudentes, das noivas que não foram prudentes.
Ele está dizendo, que muitos na igreja, quando Jesus vier, vão ficar. Porque são insensatos, não tem o óleo, não tem a unção. Não cuida da sua vida com Deus. E por isso, quando Jesus vier, não obstante, os que fizerem parte do rol de membros de uma igreja, vão ficar para trás. Porque a noiva que vai subir, são aquelas que são prudentes, são aqueles que estão levando a sério a sua vida de santidade com Deus.
Sabe o que eu acho interessante? Quando Paulo está tratando dos relacionamentos, ele deixa para tratar por último, do relacionamento patrão e empregado, de donos de escravos.
O que você imagina de uma sociedade tão injusta com as mulheres, tão injusta com as crianças, tão incrédula, como devia ser o relacionamento com o escravo?
O escravo vivia sob terror, sob medo, aterrorizado. E por qualquer coisa o dono, poderia mandar açoitá-lo, poderia mandar mata-lo. O escravo não tinha nenhuma perspectiva, ele não tinha o direito de sonhar. Ele era uma coisa qualquer.
E Paulo diz: “Olha, não é assim.”
E por isso ele deixa tudo e vai tratar de algo muito sensível naquele momento.
E Paulo começa o assunto dizendo: “Vós servos, obedecei a vossos senhores, segundo a carne, com temor e tremor na sinceridade do vosso coração com Cristo.” O pensamento que domina aqui, sobre relacionamentos, é o da submissão a Cristo. Olha só!
Ele diz, você que é o escravo, faça como você faz com o Senhor.
Não olhe que há um jugo sobre você. Mas olhe que você está fazendo isso para o Senhor. Ele traz pro campo, domínio externo.
É um ministério, pensa que quando você está exercendo sua posição, você está exercendo um ministério. Se ensinar é um ministério.
Se o professor olhar pelo salário que recebe, ele fica desmotivado.

Eu estou ensinando para transformar vidas. É isso que ele está trazendo aqui para o relacionamento escravo. Alguém que não ganhava nada, não tinha direito nenhum. Era algo muito sensível.
Mas ele diz, façam isso como se fosse para o Senhor, e aí, com essa visão de ministério, a coisa muda.
Mais tarde ele vai dizer: “O que quer que você faça, deve ser feito como ao Senhor.” Isso traz um olhar diferente. Os padrões de trabalho e serviço num reino são diferentes dos padrões de trabalho e serviço no mundo. O mundo é injusto.
Mas quando você o faz como ao Senhor, a coisa fica diferente. A sua ótica muda. E aí você tira aquele fardo de cima dos seus ombros, porque agora você não está fazendo por causa do salário que você ganha, mas você está prestando um culto a Deus. Servo de Deus, onde Deus te colocou para você servir.
Preste atenção, gente! Quando a gente chega ali no hospital, na ala do SUS, há uma fila de pessoas desesperadas, sentindo dores, a pressão que o atendente sofre ali! Se ele não fizer aquilo com temor a Deus, ele vai ser rude com as pessoas. Mas, se ele entender que ali ele está exercendo um ministério, ele vai ser uma benção, mesmo debaixo de tanta pressão. Porque ele vai tratar aquelas pessoas como Cristo, com compaixão.
É assim que deve ser. É assim que a Palavra de Deus nos ensina. De forma que nosso trabalho deve ser prestado como se fosse oferecido ao próprio Senhor.

Imagine isso no contexto de Paulo!
O escravo estava fazendo o serviço, contra a vontade dele. Você acha que ele tinha prazer em ser escravo? De jeito nenhum.
Por isso que Paulo diz, não façam somente quando estiverem olhando, porque se você pensar que está fazendo só para os homens, você vai fazer só para constar.
Quando você algo como ao Senhor, aí é diferente. Porque os olhos do Senhor estão em tua vida.
Então, esse negócio de empregado que fica morcegando, e diz que é crente, saiba que Deus vai te cobrar isso.
Deus sabe.
Imagina um escravo que era produtivo, você acha que o Senhor ia tratar ele como tratava os rebeldes?
Claro que não!
Se dentro de uma empresa tem aqueles funcionários que não produzem e tem aquele que produz bastante, quem vai ser valorizado? É aquele que produz.
Há uma lógica aí. Mas se ele for pensar que ele está fazendo para os homens, ele pode esmorecer. Ele perde a motivação, perde o sentido, porque o sistema de trabalho (principalmente num País como o nosso) ele é injusto. Mas na época de Paulo, era mais ainda. Então Paulo nos convida a sermos pro ativos, a vê-los como um ministério.
E ele aplica o mesmo aos patrões, quando ao respeito, a justiça.
Paulo diz que prestaremos contas ao Senhor.
Não fique enrolando para dar ao empregado aquilo que é justo.

O escravo tinha fugido e num momento de sua vida ele encontra com Paulo. Paulo prega o Evangelho para ele, e ele diz assim: “E agora, o que eu faço?”.
E Paulo diz assim: “Volta lá para o seu patrão.”
Já pensou? Ele pensa assim: Estou livre e vou voltar para ele?

Gente, servir ao Senhor, exige negação do eu. Tem coisas que a gente faz por negar a si mesmo.
E Paulo escreve uma carta à Filemon, recomendando o escravo com um irmão.
Então, aquele que trabalha para patrão crente, precisa entender que ele deve prestar um serviço honesto ao Senhor.
Não é porque seu patrão é crente que você pode fazer a coisa de qualquer maneira que ele é obrigado a te tolerar. Biblicamente, ele pode te mandar embora e o Senhor ainda vai cobrar de você lá na frente. Mas se você fizer como ao Senhor, você vai abençoá-lo e será abençoado.
E você que é patrão, da mesma forma, entender que quem está ali não é só um empregado, mas teu irmão.
Aonde Deus te colocou tem um propósito.

Pastor Nélio Monteiro
Igreja Batista do Parque Safira.
Culto da Manhã de 19/11/2017

(Editado por Elizabete Lacerda Paulo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, sobre o que achou do meu Blog.

" Gigantes da fé" - Hebreus 11:33-40

Resenha do Culto da noite de Domingo  12/05/2024 "Gigantes da fé" Hebreus 11:33-40 Essa semana dois eventos estiveram em foco. Foi...