domingo, 5 de novembro de 2017

João 6:33-39

Resenha do Culto
João 6:33-39


Há fome na terra. Interessante, que lá em Amós, o Senhor Deus diz que virá dias que haverá fome na terra.
Não fome de pão, mas fome de ouvir a Palavra de Deus.
Vivemos dias de fome na terra. Há fome na terra.

Há fome de alguma coisa que lhe dê sentido e profundidade à vida.
Muitas pessoas caíram num vazio existencial tão grande, que buscam alguma coisa que lhes dê sentido e profundidade à vida.

Dias assim estamos vivendo. O Pastor Luiz Fernando escreveu um artigo, dou crédito a ele, porque estamos adaptando. Ele diz: O pão simboliza a necessidade mais básica do homem.

Jesus diz: Eu sou o Pão da vida. E na verdade, quando pensamos no pão, nossa mente volta-se para a oração modelo, em que o Senhor Jesus diz: dá-nos o pão nosso de cada dia.

O pão, realmente simboliza a necessidade mais básica do homem. Tanto física, quanto espiritual.
E Jesus se apresenta aqui como Pão da vida. E quando nós nos assentamos para celebrar a ceia, Jesus nos convida para o banquete da vida.

Ali, na noite em que foi traído, o texto diz que Jesus tomou o pão e disse: Esse aqui é o meu corpo que é dado por vocês.
Sou eu me entregando em favor de vocês. Para suprir uma necessidade básica da alma.
A alma tem fome de pão.

Mas, o Senhor Jesus diz mais, que quem Dele se alimenta encontra a vida que busca. Que anseia. Quem dele se alimenta supre a fome da sua alma.

Há fome na terra. Há tanto desespero! Há tantas pessoas buscando esse sentido da vida! Porque não tem se alimentado do Pão da vida. Falta-lhe apetite espiritual.
Tem muito crente que não ora. Tem muito crente que não lê a Palavra de Deus. Tem muito crente que está morrendo, mas não se alimenta de Deus.
E por isso, está morrendo de fome. E não tem encontrado a vida que anseia.
Mas diz mais o Senhor Jesus, “que Ele é o Pão da vida que desceu do céu para dar vida ao mundo.”
Ele veio para dar vida ao mundo.

Atos 2:42-47

O escritor traz aqui uma fotografia da igreja. Temos aqui um retrato da igreja. Ali, o escritor sagrado retrata o ideal da vida cristã para a igreja de todos os tempos. O eixo. Ainda hoje, é Ele que nos une.
Qual a razão de estarmos reunidos aqui, nessa manhã? Cristo?
Qual a razão dessa mesa, na qual o Senhor Jesus, nos convida para participarmos do banquete da vida, pois Ele, o pão da vida, supre a fome da nossa alma. Mas, mais do que isso, nos suprindo, o seu sangue foi derramado para nos tornar limpos, aceitáveis, diante de Deus.

E um dos fatores que foram preponderantes na vida de Lutero, é que ele, como monge, buscava a Deus. Ele foi para uma vida monástica, com a intenção de alcançar a salvação da sua alma. E num momento da vida, ele se vê tão pecador, e diz a história que ele ia, se confessava, passava pouco tempo, ele voltava ao confessionário, porque tinha medo de em algum momento, ele cometer algum pecado e morrer e não ser salvo.
Até que ele compreende a cobertura do Sangue do Cordeiro.
O sacrifício de Cristo na cruz foi perfeito. E o escritor de Hebreus retrata isso.
Somos salvos, não pelos nossos merecimentos. Somos salvos, através da nossa fé em Cristo.
Por isso um dos pilares da reforma é: somente fé.

Tenham fé. Não é pelas obras. Nós não conseguimos, é pela graça. Por isso o outro pilar é: somente pela graça.
A nossa salvação, advém do fato de que o Sangue do Cordeiro foi derramado e esse sangue, no ato da nossa conversão, ele foi espargido sobre nós. Nos purificando e nos tornando aceitáveis diante de Deus. Cobrindo toda nossa nudez. De forma que, o Eterno pode nos receber diante dos méritos do Cristo crucificado.
Por isso, ele vai retratar aqui, a transformação, operada na vida do servo de Deus.
A partir do momento em que o Espírito de Deus o convence, ele entende o plano de Deus para sua salvação e reconhece que a sua salvação, é mérito de Cristo.
Ele então se rende e o Espírito de Cristo passa a conduzir a sua vida e produzir esses frutos.
E diríamos que são os elementos centrais da ética e da espiritualidade cristã.

No texto de atos, ele diz que havia ensino. A igreja perseverava nos ensinos dos apóstolos. Nos ensinos de Cristo Jesus. Que até então eram orais, até que foram inspirados pelo Espírito de Deus e colocado no papel.
Esses elementos centrais, vamos perceber na comunhão. A mesa, ela nos reporta à comunhão que há entre nós.
Nós somos filhos de Deus. Nós somos servos de Deus. Nós somos comprados pelo Sangue do Cordeiro. E o que nos une, é esse amor advindo de Cristo.
Outro elemento central da ética cristã, é a alegria e o louvor. Vamos perceber no texto, que eles, ao perseverar, eles se reuniam e adoravam ao Senhor.
Eles O louvavam e esse louvor não era uma louvação, mas o louvor, vinha de uma alma grata ao seu Redentor.
Da gratidão. Por isso, quando louvamos, nosso louvor precisa estar direcionado somente à Cristo. Somente a Deus.

Hoje há muitos cânticos até bonitos, mas que não louvam a Deus.
Esse é um cuidado que nós precisamos ter.
De não escolher nossos cânticos pela estética, mas pela mensagem.
O louvor que agrada a Deus é aquele que vem do fundo do coração e é direcionado a Deus. E que nós vamos falar dos atributos de Deus.  Nós vamos falar do cuidado de Deus.

Era dessa forma que a igreja primitiva usava os salmos para falar da grandeza de Deus. Do Deus da sua salvação e o texto diz da sinceridade do coração. Havia sinceridade, havia transparência, havia amor genuíno.
Isso é ser igreja.
Ser igreja é ter esses elementos centrais da ética. Ensino, comunhão, o partir do pão, as orações.  

A igreja precisa estar unida orando. Nada acontece sem oração. Então você precisa orar.
O texto sagrado diz que a igreja se reunia todos os dias. Todo dia tinha oração. Todo dia tinha comunhão.
Ou seja, não era uma igreja que se reunia num encontro festivo e depois se espalhava para se reunir no primeiro dia da semana. Era uma igreja que se reunia todo dia.
Era uma igreja vivia o Evangelho todos os dias, que crescia todos os dias, porque quando há esse reconhecimento de que a nossa vida deve ser sustentada, estar focada nesses cinco pilares da fé.
Cinco pilares importantes que a reforma traz. Só a fé. Só a graça. Somente Cristo. Somente Deus. Somente as escrituras. Nosso olhar precisa estar voltado para o Deus da nossa salvação. Deus Salvador.
A Igreja de Cristo é a comunidade do Pão e da Palavra. Comunidade que se faz pão, porque é alimentada pela Palavra. Palavra que verdadeiramente alimenta, porque o Pão é Cristo.
O Pastor Luiz Fernando dos Santos traz a frase que sintetiza tudo isso: A Igreja de Cristo é a comunidade do Pão e da Palavra.
Podemos medir a estatura e a maturidade de uma comunidade de discípulos a medida que ela se compromete com a fome ao redor. Eles compartilhavam o pão. A igreja como comunidade, precisa compartilhar.

O Senhor Jesus contou uma parábola retratando a ceia. Ele diz de um homem que preparou um grande banquete e mandou seu servo convidar algumas pessoas, escolhidas por ele, e quando eles iam abordar essas pessoas, um a um começou a dar desculpas.
E quando voltaram, ele disse: olha, volte de novo, convide outras pessoas.
E eles voltaram e convidaram e ainda havia lugar à mesa.
Então ele diz: vai pelos valados, pelos becos, e traz gente, que eu quero a minha casa cheia.
Meus irmãos, esse é o ministério da igreja. Ainda há espaço à mesa.
Não sei se vocês já observaram. Todos os domingos de ceia, sobra pão e sobra o vinho.
Sabe por que que sobra? Porque há espaço na mesa.
E quem deve ir buscar os convidados? Os servos!
É a minha função, é a sua função.
Ainda há muito lugar à mesa. Ainda há muitos que precisam vir. E ouvir, usufruir da graça do Senhor Jesus Cristo.

Quando os que a ela se chegam, encontram Jesus servido no sermão, convidando-os para o banquete do amor dos discípulos. Então Jesus transforma vidas, chamando-os para também servir.
Por isso no nosso púlpito, não falamos, não pregamos outro, senão Cristo.
A centralidade da nossa mensagem está em Cristo.
É Cristo quem salva. É Cristo que é o Mediador entre Deus e os homens. É Cristo que celebramos quando sentamos à mesa e quando o sermão, a Palavra de Deus é revestida da autoridade, da ação do Espírito de Deus, trazendo vida à Palavra. Então essas pessoas são transformadas para também servir.
Mas, para que elas venham nós precisamos ir.
Preste atenção nisso: Para que essas pessoas venham compartilhar da mesa, nós precisamos convidá-las.
Nós precisamos trazê-las para que elas também possam usufruir do pão e do vinho. Do Corpo e do Sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado.
Ainda há lugares à mesa. Saiamos às encruzilhadas da vida e ao encontrar mulheres, homens, crianças, drogados, homens de negócios, intelectuais, pobres e ricos, experimentando vazio existencial, vamos convidá-los para o banquete da vida. Há pão reservado para eles. E também vinho.
Esse tem sido o nosso desafio com Igreja de Cristo Jesus. Sair pelas encruzilhadas da vida. Onde vamos encontrar tanta gente vivendo nesse mundo com vazio existencial. Vamos encontrar tanta gente com fome de Deus. Fome de Deus. Enquanto há tantos lugares à mesa, há uma multidão faminta, tirando a vida!
Há fome na terra! Há fome de Cristo! Não dá tempo de agendarmos contatos. A igreja precisa sair, continuar indo ao encontro dessas pessoas.
Vamos compartilhar o pão, levando-o em forma de respeito, de amor, graça, misericórdia, serviço.
Sem o pão que Deus nos dá em Jesus, a vida não faz sentido algum.
A única forma de combater a violência, combater esse vazio existencial que tem levado tantos a abdicar da vida, é Cristo.
Somente Cristo.
Nosso clamor é que o Senhor possa dar-nos sempre desse pão.
O pão da vida é Cristo. Na noite em que foi traído Ele se ofereceu na cruz e a cruz foi o seu altar, onde Ele foi sacrificado.
E a cruz nos lembra do seu sacrifício. E é à sombra da cruz de Cristo que nós encontramos paz para nossa alma.
É aos pés da cruz de Cristo que nós encontramos o sentido da vida.
O sentido Daquele que deu a própria vida, para nos dar vida e vida em abundância.

Pastor Nélio Monteiro
Culto da Manhã de 05/11/2017
Igreja Batista do Parque Safira.

(Editado por Elizabete Lacerda Paulo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, sobre o que achou do meu Blog.

" Gigantes da fé" - Hebreus 11:33-40

Resenha do Culto da noite de Domingo  12/05/2024 "Gigantes da fé" Hebreus 11:33-40 Essa semana dois eventos estiveram em foco. Foi...