Resenha do
Culto
João 6:33-39
Há fome na
terra. Interessante, que lá em Amós, o Senhor Deus diz que virá dias que haverá
fome na terra.
Não fome de
pão, mas fome de ouvir a Palavra de Deus.
Vivemos dias
de fome na terra. Há fome na terra.
Há fome de
alguma coisa que lhe dê sentido e profundidade à vida.
Muitas pessoas
caíram num vazio existencial tão grande, que buscam alguma coisa que lhes dê
sentido e profundidade à vida.
Dias assim
estamos vivendo. O Pastor Luiz Fernando escreveu um artigo, dou crédito a ele,
porque estamos adaptando. Ele diz: O pão simboliza a necessidade mais básica do
homem.
Jesus diz:
Eu sou o Pão da vida. E na verdade, quando pensamos no pão, nossa mente
volta-se para a oração modelo, em que o Senhor Jesus diz: dá-nos o pão nosso de
cada dia.
O pão,
realmente simboliza a necessidade mais básica do homem. Tanto física, quanto
espiritual.
E Jesus se
apresenta aqui como Pão da vida. E quando nós nos assentamos para celebrar a
ceia, Jesus nos convida para o banquete da vida.
Ali, na
noite em que foi traído, o texto diz que Jesus tomou o pão e disse: Esse aqui é
o meu corpo que é dado por vocês.
Sou eu me
entregando em favor de vocês. Para suprir uma necessidade básica da alma.
A alma tem
fome de pão.
Mas, o
Senhor Jesus diz mais, que quem Dele se alimenta encontra a vida que busca. Que
anseia. Quem dele se alimenta supre a fome da sua alma.
Há fome na
terra. Há tanto desespero! Há tantas pessoas buscando esse sentido da vida! Porque
não tem se alimentado do Pão da vida. Falta-lhe apetite espiritual.
Tem muito
crente que não ora. Tem muito crente que não lê a Palavra de Deus. Tem muito
crente que está morrendo, mas não se alimenta de Deus.
E por isso,
está morrendo de fome. E não tem encontrado a vida que anseia.
Mas diz mais
o Senhor Jesus, “que Ele é o Pão da vida que desceu do céu para dar vida ao
mundo.”
Ele veio
para dar vida ao mundo.
Atos 2:42-47
O escritor
traz aqui uma fotografia da igreja. Temos aqui um retrato da igreja. Ali, o
escritor sagrado retrata o ideal da vida cristã para a igreja de todos os
tempos. O eixo. Ainda hoje, é Ele que nos une.
Qual a razão
de estarmos reunidos aqui, nessa manhã? Cristo?
Qual a razão
dessa mesa, na qual o Senhor Jesus, nos convida para participarmos do banquete
da vida, pois Ele, o pão da vida, supre a fome da nossa alma. Mas, mais do que
isso, nos suprindo, o seu sangue foi derramado para nos tornar limpos,
aceitáveis, diante de Deus.
E um dos
fatores que foram preponderantes na vida de Lutero, é que ele, como monge,
buscava a Deus. Ele foi para uma vida monástica, com a intenção de alcançar a
salvação da sua alma. E num momento da vida, ele se vê tão pecador, e diz a
história que ele ia, se confessava, passava pouco tempo, ele voltava ao
confessionário, porque tinha medo de em algum momento, ele cometer algum pecado
e morrer e não ser salvo.
Até que ele
compreende a cobertura do Sangue do Cordeiro.
O sacrifício
de Cristo na cruz foi perfeito. E o escritor de Hebreus retrata isso.
Somos salvos,
não pelos nossos merecimentos. Somos salvos, através da nossa fé em Cristo.
Por isso um
dos pilares da reforma é: somente fé.
Tenham fé. Não
é pelas obras. Nós não conseguimos, é pela graça. Por isso o outro pilar é:
somente pela graça.
A nossa
salvação, advém do fato de que o Sangue do Cordeiro foi derramado e esse
sangue, no ato da nossa conversão, ele foi espargido sobre nós. Nos purificando
e nos tornando aceitáveis diante de Deus. Cobrindo toda nossa nudez. De forma
que, o Eterno pode nos receber diante dos méritos do Cristo crucificado.
Por isso,
ele vai retratar aqui, a transformação, operada na vida do servo de Deus.
A partir do
momento em que o Espírito de Deus o convence, ele entende o plano de Deus para
sua salvação e reconhece que a sua salvação, é mérito de Cristo.
Ele então se
rende e o Espírito de Cristo passa a conduzir a sua vida e produzir esses
frutos.
E diríamos que
são os elementos centrais da ética e da espiritualidade cristã.
No texto de
atos, ele diz que havia ensino. A igreja perseverava nos ensinos dos apóstolos.
Nos ensinos de Cristo Jesus. Que até então eram orais, até que foram inspirados
pelo Espírito de Deus e colocado no papel.
Esses elementos
centrais, vamos perceber na comunhão. A mesa, ela nos reporta à comunhão que há
entre nós.
Nós somos
filhos de Deus. Nós somos servos de Deus. Nós somos comprados pelo Sangue do
Cordeiro. E o que nos une, é esse amor advindo de Cristo.
Outro elemento
central da ética cristã, é a alegria e o louvor. Vamos perceber no texto, que
eles, ao perseverar, eles se reuniam e adoravam ao Senhor.
Eles O
louvavam e esse louvor não era uma louvação, mas o louvor, vinha de uma alma
grata ao seu Redentor.
Da gratidão.
Por isso, quando louvamos, nosso louvor precisa estar direcionado somente à
Cristo. Somente a Deus.
Hoje há
muitos cânticos até bonitos, mas que não louvam a Deus.
Esse é um
cuidado que nós precisamos ter.
De não escolher
nossos cânticos pela estética, mas pela mensagem.
O louvor que
agrada a Deus é aquele que vem do fundo do coração e é direcionado a Deus. E que
nós vamos falar dos atributos de Deus. Nós
vamos falar do cuidado de Deus.
Era dessa
forma que a igreja primitiva usava os salmos para falar da grandeza de Deus. Do
Deus da sua salvação e o texto diz da sinceridade do coração. Havia sinceridade,
havia transparência, havia amor genuíno.
Isso é ser
igreja.
Ser igreja é
ter esses elementos centrais da ética. Ensino, comunhão, o partir do pão, as
orações.
A igreja
precisa estar unida orando. Nada acontece sem oração. Então você precisa orar.
O texto
sagrado diz que a igreja se reunia todos os dias. Todo dia tinha oração. Todo dia
tinha comunhão.
Ou seja, não
era uma igreja que se reunia num encontro festivo e depois se espalhava para se
reunir no primeiro dia da semana. Era uma igreja que se reunia todo dia.
Era uma
igreja vivia o Evangelho todos os dias, que crescia todos os dias, porque
quando há esse reconhecimento de que a nossa vida deve ser sustentada, estar
focada nesses cinco pilares da fé.
Cinco pilares
importantes que a reforma traz. Só a fé. Só a graça. Somente Cristo. Somente Deus.
Somente as escrituras. Nosso olhar precisa estar voltado para o Deus da nossa
salvação. Deus Salvador.
A Igreja de
Cristo é a comunidade do Pão e da Palavra. Comunidade que se faz pão, porque é
alimentada pela Palavra. Palavra que verdadeiramente alimenta, porque o Pão é
Cristo.
O Pastor
Luiz Fernando dos Santos traz a frase que sintetiza tudo isso: A Igreja de
Cristo é a comunidade do Pão e da Palavra.
Podemos
medir a estatura e a maturidade de uma comunidade de discípulos a medida que
ela se compromete com a fome ao redor. Eles compartilhavam o pão. A igreja como
comunidade, precisa compartilhar.
O Senhor
Jesus contou uma parábola retratando a ceia. Ele diz de um homem que preparou
um grande banquete e mandou seu servo convidar algumas pessoas, escolhidas por ele,
e quando eles iam abordar essas pessoas, um a um começou a dar desculpas.
E quando
voltaram, ele disse: olha, volte de novo, convide outras pessoas.
E eles
voltaram e convidaram e ainda havia lugar à mesa.
Então ele
diz: vai pelos valados, pelos becos, e traz gente, que eu quero a minha casa
cheia.
Meus irmãos,
esse é o ministério da igreja. Ainda há espaço à mesa.
Não sei se vocês
já observaram. Todos os domingos de ceia, sobra pão e sobra o vinho.
Sabe por que
que sobra? Porque há espaço na mesa.
E quem deve
ir buscar os convidados? Os servos!
É a minha
função, é a sua função.
Ainda há muito
lugar à mesa. Ainda há muitos que precisam vir. E ouvir, usufruir da graça do
Senhor Jesus Cristo.
Quando os
que a ela se chegam, encontram Jesus servido no sermão, convidando-os para o
banquete do amor dos discípulos. Então Jesus transforma vidas, chamando-os para
também servir.
Por isso no
nosso púlpito, não falamos, não pregamos outro, senão Cristo.
A centralidade
da nossa mensagem está em Cristo.
É Cristo
quem salva. É Cristo que é o Mediador entre Deus e os homens. É Cristo que
celebramos quando sentamos à mesa e quando o sermão, a Palavra de Deus é
revestida da autoridade, da ação do Espírito de Deus, trazendo vida à Palavra. Então
essas pessoas são transformadas para também servir.
Mas, para
que elas venham nós precisamos ir.
Preste atenção
nisso: Para que essas pessoas venham compartilhar da mesa, nós precisamos convidá-las.
Nós precisamos
trazê-las para que elas também possam usufruir do pão e do vinho. Do Corpo e do
Sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado.
Ainda há
lugares à mesa. Saiamos às encruzilhadas da vida e ao encontrar mulheres, homens,
crianças, drogados, homens de negócios, intelectuais, pobres e ricos, experimentando
vazio existencial, vamos convidá-los para o banquete da vida. Há pão reservado
para eles. E também vinho.
Esse tem
sido o nosso desafio com Igreja de Cristo Jesus. Sair pelas encruzilhadas da
vida. Onde vamos encontrar tanta gente vivendo nesse mundo com vazio
existencial. Vamos encontrar tanta gente com fome de Deus. Fome de Deus. Enquanto
há tantos lugares à mesa, há uma multidão faminta, tirando a vida!
Há fome na
terra! Há fome de Cristo! Não dá tempo de agendarmos contatos. A igreja precisa
sair, continuar indo ao encontro dessas pessoas.
Vamos compartilhar
o pão, levando-o em forma de respeito, de amor, graça, misericórdia, serviço.
Sem o pão
que Deus nos dá em Jesus, a vida não faz sentido algum.
A única
forma de combater a violência, combater esse vazio existencial que tem levado
tantos a abdicar da vida, é Cristo.
Somente Cristo.
Nosso clamor
é que o Senhor possa dar-nos sempre desse pão.
O pão da
vida é Cristo. Na noite em que foi traído Ele se ofereceu na cruz e a cruz foi
o seu altar, onde Ele foi sacrificado.
E a cruz nos
lembra do seu sacrifício. E é à sombra da cruz de Cristo que nós encontramos
paz para nossa alma.
É aos pés da
cruz de Cristo que nós encontramos o sentido da vida.
O sentido Daquele
que deu a própria vida, para nos dar vida e vida em abundância.
Pastor Nélio
Monteiro
Culto da Manhã
de 05/11/2017
Igreja
Batista do Parque Safira.
(Editado por
Elizabete Lacerda Paulo)
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