Resenha do
Culto da Manhã de 10/03/2019
Mateus 26:20-30
É interessante este texto. Ele retrata a última ceia de Jesus com seus
discípulos.
Naquela mesma noite, saindo dali começaria a desenrolar todo o
sofrimento de Jesus, todo processo que O leva a cruz no dia seguinte.
Interessante observarmos nesta ceia, que o texto não menciona o cordeiro,
nem as ervas amargas. Era comum ao celebrar a Páscoa, alguns elementos. O
cordeiro era sacrificado, as ervas amargas para lembrar da escravidão do Egito,
o pão asmo (ou ázimo), para lembrar a pureza que deveria perfilar a vida de
cada pessoa.
Ali Jesus está celebrando com seus discípulos, mas o texto não menciona
o cordeiro. Até porque, Jesus é o Cordeiro que vai ser sacrificado. João está
preparando o caminho. João havia apontado para Jesus, dizendo: “Eis o Cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo.”
O Cordeiro seria Jesus.
As ervas amargas não eram citadas porque a partir daquele momento, do
sacrifício de Jesus naquela cruz, o homem estaria para sempre liberto da
escravidão do pecado. Não pelos seus próprios méritos, mas pelo sacrifício de
Jesus naquela cruz. Para que todo aquele que crê, não esteja mais subjugado
pela maldição do pecado. Uma vez que o sacrifício de Jesus foi um sacrifício
perfeito.
Hebreus narra que não foi mais necessário nenhum outro sacrifício, porque
o sacrifício de Jesus foi único e definitivo. Aceito por Deus. Ali Jesus se
apresenta como o Cordeiro do sacrifício.
É importante observarmos a consciência de Jesus, do momento em que ele
está vivendo. É importante lembrar que Jesus era um jovem de cerca de trinta e
três anos. Ele tem consciência de tudo que vai vivenciar ali. No entanto Jesus
nos ensina algumas coisas muito importantes. Primeiro: a vida eterna é
infinitamente muito melhor.
Saindo da ceia, Jesus vai orar. E Jesus não pede para que Deus O poupe
da morte. Não é do sacrifício. A angustia de Jesus, é que Ele quer ser poupado
da separação de Deus. Quando nossos pecados seriam lançados sobre Ele.
Numa intimidade profunda com Deus, como homem, Jesus teme este momento.
Ali na cruz Ele vai dizer: meu Deus, meu Deus, porque me desamparaste!
A Sua intimidade com Deus era algo tão maravilhoso!
Isso nos ensina que o Reino para o qual nós fomos chamados vai para além
desse mundo.
Quando sabemos que vamos partir salvos, estar diante do Deus Eterno e
ver a face do nosso Salvador, não existe temor.
Como homem, Jesus temia esse momento, porque sabia que, ainda que por
pouco tempo, Ele perderia a intimidade com Deus. Mas depois, o poder do
Espírito lhe traria de volta à vida e voltaria a tomar toda a sua glória, como
Deus.
Por isso meus irmãos, esse momento é um momento de grande alegria. De
grande gozo, porque através dele fomos libertos da maldição do pecado. Porque
por meio de Deus, Jesus foi sacrificado. Ele levou sobre si todos os nossos
pecados. A graça de Deus nos foi ofertada mediante o sacrifício de Jesus.
Por isso, a Igreja de Cristo precisa entender o seu papel, precisa
entender o preço que foi pago.
Precisamos ter compaixão das almas que estão se perdendo.
Uma vez que recebemos essa graça, precisamos compartilhar com o outro. A
ceia nos remete a isso. A ceia nos remete à transitoriedade da vida. Nos remete
ao fato de que nosso lar não é aqui. A ceia nos remete a viva esperança de que
há vida plena em Cristo Jesus. Precisamos pensar nesse gesto de amor profundo
de Deus por nós, ao dar seu próprio Filho. Fico pensando na tristeza de Deus,
ao ver se perdendo o homem que foi criado a Sua imagem e semelhança.
Jesus aqui, até nos últimos instantes, Ele tenta salvar Judas. Isso é
compaixão. Até quando Judas foi entrega-Lo e O entregou com um beijo, Jesus
tentou resgatar Judas. Nos ensina o papel da igreja, de exercer compaixão até
com aqueles que rejeitam a igreja, que rejeitam o Cristo, Ele vem com a palavra
da salvação.
Mensagem de Pastor Nélio Monteiro
Editada por Elizabete Lacerda Paulo
Igreja Batista Parque Safira
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